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Os radiolários (Radiolaria) são protozoários ameboides (portanto, unicelulares) que secretam esqueletos minerais intrincados, geralmente com uma cápsula central que divide a célula em duas porções: interior (endoplasma) e exterior (exoplasma). A cápsula interna central dos radiolários é esférica e perfurada, sendo constituída por quitina e ligada a um esqueleto formado por espículas de sílica ou sulfato de estrôncio. O citoplasma contém muitos vacúolos que armazenam óleo e são importantes tanto como reserva nutricional quanto na flutuação do organismo.
Os radiolários são encontrados no plâncton marinho. Seus esqueletos constituem fósseis importantes, cujo registro se estende desde o Cambriano (540 milhões de anos atrás). Em certos sistemas taxonômicos, os radiolários são considerados como uma subclasse dos Actinopoda (filo Sarcodina).
Os radiolários têm diversos pseudópodes em forma de agulha, suportados por microtúbulos, designados como axópodes, que os auxiliam na flutuação. A maior parte das organelas (incluindo o núcleo celular) situam-se no endoplasma, enquanto o ectoplasma está preenchido principalmente por vacúolos superficiais e gotículas lipídicas, o que torna as células menos densas e, portanto, flutuantes. Por vezes, os radiolários abrigam também microalgas simbióticas, principalmente da família das zooxantelas, que fornecem grande parte da energia necessária a esses organismos. Tal organização encontra-se presente também entre os heliozoários, ainda que a estes falte a cápsula central e apenas produzam placas calcárias e espículas.